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Como elaborar um bom plano de aula?

Como elaborar um bom  plano de aula


ELEMENTOS DO PLANO DE AULA
Beatriz Gomes Nadal


O que é uma aula?

Podemos dizer que a aula é um momento estruturado de trabalho no qual se processa o processo de ensino. Isso significa que a idéia de aula pressupõe sujeitos – professor e alunos; um objeto de trabalho e,por isso, elemento de ligação entre eles – o conteúdo; situações didáticas capazes de permitir a ação conjunta e colaborativa entre os sujeitos e seu objeto de trabalho. Porém, a idéia de aula traz um componente diferenciado: a percepção de que o trabalho de professores e alunos sobre o conhecimento, através de situações didáticas, exige uma estruturação através de momentos e etapas no espaço escolar.

CABEÇALHO
Identificação da instituição, curso, disciplina, professor, série/turma, data e assunto da aula.


ESQUEMA DO CONTEÚDO

Refere-se aos tópicos significativos, mais importantes, que serão objeto de estudo durante a aula. 
Sua redação pode ser objetiva, em itens e subitens ou mesmo através de um pequeno esquema que possibilite compreensão.
O esquema do conteúdo não deve ser confundido com o “conteúdo em si”, ou seja, é inviável, no plano, transcrever todo o conhecimento que será trabalhado por professor e alunos, o que tornaria o plano extenso e levaria à perda de sua objetividade. Todavia, a temática da aula, pode estar registrada em fichas que se constituirão em anexos do plano de aula.

OBJETIVOS

- devem ser atingidos pelo aluno no espaço desta aula
- indicam a capacidade que queremos ver desenvolvida no aluno em relação ao conteúdo, assim, é importante 
estar atento para qual o nível de operação mental que estará em questão
- serão determinantes da escolha das estratégias, dos recursos, da distribuição do tempo e, quando for o caso, 
da avaliação
- não são atividades

MOBILIZAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

- não é a apresentação do conteúdo, mas sim o momento em que buscamos despertar a motivação do aluno para tal aprendizagem 
- um aluno se sente motivado, essencialmente, quando: é desafiado/desequilibrado, percebe que o conteúdo é significativo porque corresponde às suas necessidades/vivências, porque pode resolver problemas com eles ou compreender o mundo à sua volta
- indicar também a organização da classe (fila, círculo, grupos, etc)
- utiliza cerca de 10% do tempo destinado à aula

METODOLOGIA
- é o momento no qual o conteúdo novo será trabalhado junto com aluno (desenvolvimento)
- decorre naturalmente do momento da introdução, não há um “corte” no desenvolvimento da aula
- a escolha das estratégias deve ser decorrente/estar coerente com o que visam os objetivos (essas estratégias 
permitem ao aluno atingir aqueles objetivos?)
- as estratégias escolhidas devem: permitir ao aluno ser sujeito de sua aprendizagem, reconstruindo saberes, 
agindo sobre o conhecimento; permitir ao professor ser mediador, não um transmissor que se constitui como 
única fonte do conhecimento a ser aprendido
- há estreita relação entre as estratégias escolhidas e a participação/envolvimento do aluno na aula, motivo 
pelo qual não podemos desconsiderar as características dos alunos que estão, hoje, nas escolas
- é fundamental ao professor ser criativo permitindo a seu aluno, ao aprender, exercer ele também os 
processos de criatividade, questionamento, compreensão, construção do conhecimento
- há que haver explicitação das ações docentes e discentes, ou seja, o que exatamente estarão fazendo 
professores e alunos
- ensino como mediação e aprendizagem efetiva exige sistematização do conteúdo
- é importante, para a consolidação da aprendizagem, a proposição de processos de fixação
- indicar também a organização da classe (fila, círculo, grupos, etc)


SÍNTESE INTEGRADORA

São as práticas pedagógicas organizadas para permitir ao aluno integrar as diferentes aprendizagens que se fizeram de modo parcelado durante os momentos anteriores da aula. A síntese integradora proporciona ao aluno uma visão de conjunto, uma visão do todo deixando claras as relações entre os diferentes aspectos, tópicos, sub-temas abordados durante a aula, buscando articulação e concatenação pois, ao situar os conhecimentos “parciais” em seu todo, é possível perceber as inter-relações básicas.
É verdade que, ao iniciar a aula, os alunos, normalmente, já possuem uma visão geral do assunto. Contudo, naquele momento, essa visão geral é desorganizada, sincrética. A partir do estudo detalhado do conhecimento é possível aos alunos retomar tal visão geral, contudo, agora, numa “superior integração na qual os fatos aprendidos se organizem dinamicamente em estruturas compreensivas e racionais, para orientá-los na ação e na problemática da vida real e do trabalho”. (MATOS, 1971, p. 350)


A síntese integradora pode ser realizada pelo professor, mas o importante é que ela se processe “na cabeça do aluno”. Sendo assim, pode-se utilizar diferentes técnicas como:
- condução à visão geral, articulada, através da proposição de problemas e perguntas orais, feitas aos alunos - construção de uma visão geral, articulada, através de comentários dos alunos desenvolvidos a partir de gravura, pequeno texto ou esquema relativo à temática da aula
- construção de uma visão geral, articulada, através da elaboração cooperativa de um quadro sinótico compreensivo
- construção de uma visão geral, articulada, através da produção escrita, pelos alunos, de suas inferências 
conclusivas relativas aos conhecimentos trabalhados durante a aula
- apresentação da visão geral, articulada, pelo professor, apoiando-se de esquema relativo ao conteúdo 
trabalhado

REFERÊNCIAS
Relação de fontes utilizadas para o planejamento da aula.



1º Passo: Definir o tema.
O ponto de partida é o tema da aula. A escolha do tema de aula terá de ser de
acordo com o conteúdo dos planos de unidade didáctica das turmas.


2º Passo: Definir os objetivos.
Definir as competências a serem desenvolvidas pelos alunos como, por exemplo, a
compreensão e expressão orais, a leitura, a expressão escrita, o conhecimento explícito,
as competências gerais e transversais.

3º Passo: Pesquisar textos e material.
A ideia para uma aula, sobretudo de língua estrangeira, poderá surgir através de
uma música ouvida no rádio, de uma frase ouvida num spot publicitário, da cena de um
filme ou de uma revista folheada ao acaso. Recomenda-se que o professor, na
medida do possível, construa o seu próprio material de pesquisa, com recortes de jornais
e revistas, livros, vídeos e outros.


4º Passo: Criar uma estratégia que conduza ao objetivo definido.
A definição da estratégia está relacionada com a idade e com o desenvolvimento
psicossocial dos alunos. Há que se ter em conta a maneira como os alunos poderão
interpretar o tema, o modo como o tema os poderá afetar e o tipo de actividade que
lhes poderá interessar.

- Motivação
Toda as actividades precisam de uma motivação. Motivar é criar interesse pelo
tema e vontade de saber mais sobre ele. É necessário que haja motivação desde o início
até ao fim da aula. Quando nos apercebemos que o ritmo da aula já se alterou e que o
interesse dos  alunos pela mesma desvaneceu-se, urge encontrar nova
motivação que os incentive a ter novo interesse pela aula e gosto pela matéria
leccionada.
A motivação pode estar ligada à percepção da utilidade do assunto, à
possibilidade de aplicação prática na vida, ao reconhecimento dos resultados e ao
interesse real e envolvimento emocional do professor estagiário. O reforço positivo de
comportamentos dos alunos é, também, altamente motivador.


- Desenvolvimento
Através de uma dinâmica de grupo, entre outras hipóteses, estabelecer um diálogo e
discutir sobre as questões relacionadas com o texto.


- Atividades Finais
Propor, entre outras hipóteses, uma atividade recreativa, de preferência
interativa, como a criação de frases, textos, exercícios de compreensão onde os alunos
possam, de alguma forma, aplicar os seus conhecimentos, recapitular os conteúdos
trabalhados e, finalmente, sintetizar o que foi concluído em relação à matéria.

5º Passo: Avaliar resultados
É fundamental que o professor, após uma aula, avalie o seu próprio
desempenho, tendo em conta os seguintes aspectos: Criatividade, intuição, motivação,
interesse, clarividência, confiança, segurança ou, por outro lado, confusão, insegurança,
desmotivação, desinteresse, rigidez etc.

No âmbito desta auto–avaliação, o professor  deve ainda perguntar-se se soube
explorar pontos interessantes e relevantes para a discussão levada a cabo em aula; Se a
aula perdeu ritmo e se tornou monótona por alguma razão e o que deveria ter feito para
que tal não acontecesse; Se houve momentos em que se afastou demasiado do seu
objetivo e se, em função disso, a aula foi prejudicada.
O professor  deve planejar as suas aulas tendo em conta esta avaliação.



Fontes:
Professora Maiza Margraf
Professora de Didática na Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná. Pedagoga e Mestre em Educação (UEPG). Doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. 

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