DENTRO DO POSSÍVEL, ESTAREI DISPONIBILIZANDO AS CARTILHAS.ALGUMAS CITADAS ABAIXO AGORA SÃO ARTIGO DE MUSEU, ENCONTRAM-SE INDISPONÍVEIS MESMO EM SEBOS OU LIVRARIAS DE RARIDADE, OUTRAS, NO ENTANTO, CONSEGUIREI POSTAR. BJINHOS, LIZA.
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Método Castilho para o ensino rapido e aprasivel do ler impresso, manuscrito e numeração, e do escrever.
Antonio Feliciano de Castilho
Ilustração de Bordallo.
(Obra tão própria para as escolas como para uso das famílias, inteiramente refundida e augmentada de várias lithographias) Antonio Feliciano de Castilho. 2.e. Lisboa: Imprensa Nacional, 1853. [A 1a. edição é, provavelmente, de 1850. Em 1855, Antonio de Castilho veio ao Brasil divulgar seu "Método" de alfabetização.]
Cena de Sala de Aula, 1853
Ilustração da edição de 1853 do "Método Castilho para o ensino rápido e aprazível do Ler impresso ... manuscrito e numeração" (...)
António Feliciano de Castilho, apesar de ter ficado cego aos 6 anos, após ter tido sarampo, se tornou um dos mais celebrados escritores da língua portuguesa e autor do «Método Castilho para o ensino rápido e aprazível do ler impresso, manuscrito, e numeração e do escrever – obra tão própria para as Escolas como para uso das Famílias, editada pela Imprensa Nacional».
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Cartilha Maternal
João de Deus. (Ilustrações de José Rui) Lisboa: Convergência, 1977.
[A 1a. edição é de 1876 e o Centro de Memória da Unicamp possui um exemplar da 5a. edição, publicado em 1881 pela Imprensa Nacional (Lisboa). Maria do Rosário Longo Mortatti (2000) assinala que o método de alfabetização de João de Deus foi introduzido na Escola Normal de São Paulo em 1883, pelo então professor Antonio da Silva Jardim, e registra que em 1897 o governo paulista importou vários exemplares da Cartilha Maternal de João de Deus para distribuir nas escolas do estado.]
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Cartilha da Infância. Tomaz Galhardo
109.e. modificada e ampliada pelo professor Romão Puiggari. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1924. [Provavelmente, a 1a. edição é de 1890, pois a 2a. edição é de 1891, publicada em São Paulo por Teixeira & Irmão Editores. Natural de Ubatuba, Tomaz Galhardo formou-se na Escola Normal de São Paulo.]
Consegui um exemplar da cartilha da infância e tirei as fotos abaixo. Foi a Cartilha com a qual minha mãe foi alfabetizada e ela ficou super emocionada ao pegar no livrinho e poder ler novamente as lições que fazem parte de suas lembranças escolares.
O que mais me marcou, no entanto, foi o fato de que tanto minha mãe quanto minha sogra sabem as lições de cor, sem necessidade alguma de ler a cartilha, ou seja, a importância dada a memorização na antiguidade era realmente muito grande. Segundo elas, era preciso realmente decorar os textos da cartilha. Achei extremamente interessante escutá-las, enquanto eu mesma conferia na cartilha os textos. Foi incrível, após tantos anos, elas sabem todos os textos ainda de cor!
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Cartilha. Leituras Infantis. Francisco Viana 48.e. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1945. [1a. edição 1895. A cartilha e os livros de leitura de Francisco Viana, formado na Escola Normal de São Paulo, foram muito populares nas escolas.]
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Cartilha das Mães. Arnaldo Barreto
49 e. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1938. [A Cartilha das Mães só começou a ser editada pela Livraria Francisco Alves a partir da 12ª edição, em 1911. É provável que as primeiras edições tenham saído pela Tipografia Siqueira, de São Paulo, fornecedora dos livros de escrituração da Escola Normal de São Paulo e editora que publicou em 1896 as Leituras Moraes de Arnaldo Barreto, antes portanto da Livraria Francisco Alves. Sendo assim, é possível que a Cartilha das Mães tenha sido publicada também por volta de 1896.]
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ABC da Infância Primeira coleção de cartas para aprender a ler.
107 e. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1956. [De autoria anônima, a 1a. edição dessas "cartas de ABC" é de 1905. Há, entretanto, indícios de que essa publicação é a introdução do Livro da Infância de Augusto Emílio Zaluar, escritor português radicado no Rio de Janeiro. As "cartas de ABC" representam o método mais tradicional e antigo de alfabetização, conhecido como "método sintético": apresenta primeiro as letras do alfabeto (maiúsculas e minúsculas; de imprensa e manuscritas), depois apresenta segmentos de um, dois e três carcteres, em ordem alfabética (a-é-i-ó-u, ba-bé-bi-bó-bu, ai-ei-oi-ui, bai-bei-boi-bui, etc); e, por fim, palavras cujas sílabas são separadas por hífen (An-tão, A-na, An-dei, A-mar; Ben-to, Bri-tes, Bus-car, Ba-ter, etc. A sobrevivência desse livro até 1956, data desta 107a. edição, denota a sobrevivência desse modelo antigo de alfabetização.]
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Cartilha Analítica. Arnaldo de Oliveira Barreto
63.e. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1955. [1a. edição 1909. O método analítico alfabetizava com palavras e sílabas, e se opunha ao antigo método, sintético, que ensinava as letras, o bê-a-bá.]
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Nova Cartilha Analítico-Sintética. Mariano de Oliveira.
São Paulo: Melhoramentos, s.d. (1a. edição São Paulo: Weisflog & Irmãos [Melhoramentos], 1916). [Esta cartilha tentava conciliar dois métodos de alfabetização, o moderno e o antigo. De acordo com informações da editora Melhoramentos, foram produzidos 825.000 exemplares desde a primeira edição, de 1916, até a última, a 185a. edição de 1955.]
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Cartilha Ensino Rápido de Leitura. Mariano de Oliveira. Ilustração de Gioconda Uliana Campos
196.e. São Paulo: Melhoramentos, 1955. [Publicada pela primeira vez em 1917, essa cartilha conheceu sucesso extraordinário, atingindo 2.230 edições em 1996 e mais de 6 milhões de exemplares vendidos. Conforme dados da editora Melhoramentos, até 1941 ela já havia vendido mais de 1 milhão de exemplares, mantendo a média de tiragem por ano acima dos 100.000 exemplares até 1969. A partir de 1970 a produção caiu drasticamente para 40.000 exemplares e chegou em 1996 com a tiragem de 1000 exemplares.]
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Cartilha Infantil pelo Método Analítico. Prof. Carlos Alberto Gomes Cardim
9.e. São Paulo: Augusto Siqueira & C., 1919 [1a. edição 1908. Gomes Cardim formou-se na Escola Normal de São Paulo e foi seu diretor em 1925, quando criou a primeira biblioteca pública infantil do Brasil, para as crianças do curso primário.]
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Cartilha do Operário
Para o ensino da leitura, pela processuação do méthodo analítico, aos adolescentes e adultos. Theodoro de Moraes.. Professor pela escola normal de S. Paulo. Coleção Caetano de Campos. Obra aprovada pela diretoria Geral do ensino de São Paulo. 2 e. São Paulo: Casa Siqueira - Salles Oliveira & Cia Ltda., 1924. [Cartilha pioneira dirigida a adultos]
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Cartilha Proença.
Antonio Firmino Proença. Ilustrações de Oswaldo Storni11.e. a 15.e.São Paulo: Melhoramentos, s.d. [1a. edição 1926. Até a última edição (84ª) foram produzidos 145.000 exemplares.]
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Cartilha do Povo. Para ensinar a ler rapidamente. Lourenço Filho
116.e. São Paulo: Melhoramentos, 1939. [Teve ampla adoção nas escolas.1a. edição, 1928 e última, a 2.204a. edição, 1994. Conforme dados da editora Melhoramentos, foram produzidos mais de 10 milhões de exemplares. Um fato curioso da Cartilha do Povo foi a omissão do nome de seu autor até a 115ª edição com o intuito de reforçar seu "caráter popular".]
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Cartilha de Hygiene. Para Uzo das Escolas Primarias. Dr. A. de Almeida Júnior
10.e. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1928. [A 1a. edição é de 1922, publicada pela Monteiro Lobato & Cia. Editores. De 1928 a 1940 ela foi reeditada pela Compania Editora Nacional, a qual informou que foram produzidos 43.575 exemplares nesse período.]
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Cartilha Fácil, Claudina de Barros
São Paulo: Tipografia Siqueira, s.d. [Há uma apresentação da cartilha por M. Moura Santos, datada de 11 de fevereiro de 1932, data provável da 1a. edição. A partir da 5a. edição, de 1935, a Cartilha Fácil passa a ser publicada pela Companhia Editora Nacional, atingindo nessa editora a tiragem de 332.105 exemplares até sua última edição, a 40a., de 1957.]
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Na Roça. Cartilha rural para alfabetização rápida. Renato Sêneca Fleury
São Paulo: Melhoramentos, s.d. [Destinada ao público do interior e do meio rural, a cartilha Na Roça, 1a. edição 1935, teve 133 edições até 1958. Conforme dados da editora, foram produzidos 278.000 exemplares. A cartilha integrava uma série, com livros de leitura, publicados em 1936.]
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Cartilha de Higiene. Renato Kehl. Desenhos de Francisco Acquarone
Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1936. [Esta é a 1a. edição, de 1936. Abordagem lúdica dos cuidados com a higiene através da "Fada Hygia"]
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Brincar de Ler. Renato Sêneca Fleury. Ilustrações de Rita Blume
São Paulo: Melhoramentos, 1939. [Formato e ilustrações inovadoras. A 1a. edição é de 1939 e a última, a 39a. edição é de 1978. Conforme dados da editora, ao todo foram produzidos 870.500 exemplares.]
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Cartilha Sodré. Benedicta Stahl Sodré
219.e. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1951. [Não foi possível localizar a editora que publicou as primeiras edições, cuja 1a. edição é de 1940. A partir da 46a. edição, de 1948, a Cartilha Sodré passou a ser publicada pela Companhia Editora Nacional. Conforme dados da editora, de 1948 até 1989, data da última edição, a 273a., foram produzidos 6.060.351 exemplares. Em 1977, ela foi remodelada por Isis Sodré Verganini. Além da alteração no formato da cartilha, foram acrescentadas mais de 30 páginas.] Diário de Lições. Delphina Spiteri Passos [Caderno do professor indicando como se deveria trabalhar em sala de aula com a Cartilha Sodré, lição da para.]
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Caminho Suave: 1o. Livro (Leitura Intermediária). Branca Alves de Lima. Ilustrações executadas por Flavius.
Caminho Suave (Alfabetização pela Imagem). Branca Alves de Lima
Aprovado pela Comissão do Livro Didático do Departamento de Educação do Estado de São Paulo. São Paulo: Branca Alves de Lima, 1962. [O 1o. Livro de Leitura era usado, geralmente, a partir do segundo ano primário.]
68. e. São Paulo: Branca Alves de Lima, 1965. Aprovado pela Comissão Nacional do Livro didático (Pareceres no. 398 e 431 de 1948). [Essa cartilha, cuja 1a. edição é de 1948, parece ter sido um fenômeno de vendas no Brasil: calcula-se que todas edições, até a década de 1990, venderam 40 milhões de exemplares.] Há um exemplar de edição bem posterior, dos anos de 1980, quando a cartilha foi modificada e vários exercícios foram incluídos.
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Cartilha de Bitu. Aracy Hildebrando
48.e. Companhia Editora Nacional, 1960. [A 1a. edição é de 1954, publicada pela Companhia Editora Nacional, a qual informou que foram produzidos até a última edição, a 78a., de 1967, 716.525 exemplares.]
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Onde Está o Patinho? Cecília Bueno dos Reis Amoroso. Ilustrações de Rosa Monzel e Oswaldo Storni
São Paulo: Melhoramentos, 1955. [Foi inicialmente publicada pela editora Melhoramentos, em 1955, permanecendo até a 14a. edição, de 1972, com um total de 741.000 exemplares produzidos. A partir de 1972 ela passou a ser editada pela editora Lotus e é quando aparecem também as co-autoras Arminda Bueno dos Reis Amoroso e Angela Maria Bueno dos Reis Amoroso, filhas de Cecília Amoroso e o Manual do Professor. A mudança de editora marca a alteração no formato e no conteúdo da cartilha, que aumentou de tamanho e recebeu muitos exercícios e atividades, aumentando também o número de páginas. Em 1979, na 17ª edição, a cartilha começou a ser publicada pela Editora Saraiva.
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Onde está o Patinho
Manual do Professor.
São Paulo: Lótus, 1972. [A partir de 1972 a cartilha passou a ser editada pela editora Lotus e é quando aparecem também as co-autoras Arminda Bueno dos Reis Amoroso e Angela Maria Bueno dos Reis Amoroso, filhas de Cecília Amoroso e o Manual do Professor.]
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Upa, Cavalinho!
Lourenço Filho, ilustrações de Oswaldo Storni12.e. São Paulo: Melhoramentos, 1970. [A 1a. edição é de 1957, cuja tiragem foi de 1.000.000 de exemplares. Até 1970, data da última edição, a 12a., foram produzidos 2.070.000 exemplares. Há também um Guia do Mestre para a cartilha Upa, Cavalinho! São Paulo: Melhoramentos, 1956. [De 1956 a 1957 foram publicadas quatro edições desse guia, com a tiragem de 120.000 exemplares.]
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NO REINO DA ALEGRIA - DORACY DE ALMEIDA - 1974
São Paulo: IBEP, s.d. [Publicada pelo IBEP - Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas em 1974, a cartilha No Reino da Alegria tem formato bem maior que suas antecessoras. A introdução de exercícios após cada lição e o uso dos quadrinhos e tiras nas ilustrações foram também inovações importantes.]
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CARTILHAS: DAS CARTAS AO LIVRO DE ALFABETIZAÇÃO Ana Maria Moraes Scheffer, Rita de Cássia Barros de Freitas Araújo, Viviam Carvalho de Araújo, Mestrandas em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Quem foi alfabetizado há mais tempo, ou quem sabe num passado mais
remoto, é bem possível que se lembre das cartilhas que circulavam nas salas
de aula, trazendo à tona lembranças do seu período de alfabetização. Período
em que as cartilhas ou os pré-livros eram os primeiros, senão, os únicos
materiais impressos a que tiveram acesso no processo inicial de ensino e
aprendizagem da leitura e da escrita. Valem as perguntas: Como se deu a
nossa alfabetização? Quais os materiais e/ou livros didáticos que circulavam
em nossas salas de aula?
Conforme destaca Stamatto (1998), a cartilha1, manuais escolares
empregados na alfabetização e na aprendizagem da leitura, ficou conhecida no
Brasil, desde a época colonial. Nesta ocasião, as cartilhas eram constituídas da
apresentação do alfabeto em grupos de letras para a formação de sílabas e de
textos religiosos escritos em português e latim.
Segundo a referida autora, a primeira lei brasileira sobre a escola
primária do ano de 18272, não mencionava o método e o manual escolar a
serem utilizados, mas determinava que o livro de leitura fosse a constituição
brasileira e os livros de história do Brasil. Na prática, isto não podia ser
comprovado, uma vez que havia dificuldade de acesso aos livros e obras para
realizar este estudo.
No início do século XIX, no Brasil, os manuais usados para ensinar a ler
e escrever eram importados de Portugal, pois até o ano de 1808, não era
permitida a publicação de livros nacionais. Os professores confeccionavam o
seu próprio material para alfabetizar e usavam também cartilhas portuguesas
como: O expositor português e a Cartilha Maternal, tendo sido esta última
produzida pelo poeta português João de Deus.
Os materiais produzidos pelos professores foram denominados Cartas
do ABC, que traziam o alfabeto escrito de várias formas, valorizando a grafia. O
método que se concretizava através desta cartilha era o método alfabético, o
qual toma como unidade de análise o nome de cada letra. Nesse método era
utilizado o processo de soletração para decifrar a palavra, por exemplo: bola,
be-o-bo, ele-a-la= bola.
Na década de 1880, foi produzida a Cartilha Nacional de Hilário Ribeiro
que propunha um trabalho simultâneo da leitura e da escrita e o ensino do valor
fônico das letras para o aprendizado da leitura. Nesta mesma década, foi
lançada a Cartilha da Infância de Thomaz Galhardo, baseada na silabação.
Esta cartilha foi usada nas escolas brasileiras até a década de 1980. Vejamos
o modelo de lição apresentada em uma página desta Cartilha da Infância citada
por Mortatti (2000, p3):
2 ª lição
va ve vi vo vu
ve va vo..vu..vi
vo vi va ve vu
vai viu vou
Vocábulos
Vo-vó a-ve a-vô o-vo
vi-va vo-vo ou-ve u-va
ui-va vi vi a vi ú va
Exercício
Vo-vó viu a a-ve
A a-ve vi-ve e vo-a
Eu vi a vi-ú-va
vi-va a vo vó
vo-vô vê o o-vo
a a-ve vo-a-va
Publicada em 1907 e muito usada em vários estados brasileiros, a
Cartilha Analytica de Arnaldo Barreto marca a ascensão do método analítico no
Brasil. Apesar do nome, esta cartilha estava dividida em decifração e
compreensão como constatamos no exemplo abaixo de uma das páginas desta
cartilha:
1. Esta é a vaca do meu tio Carlos.
2. Chama-se Rosada.
3. Chama-se Rosada, porque é vermelha.
4. Rosada tem um lindo bezerro.
5. O bezerro também é vermelho.
6. Ele gosta muito do leite da Rosada.
7. Vocês também gostam de leite?
8. Eu gosto muito de leite.
9. Gosto de leite quando tem nata.
10. É da nata que se faz a manteiga.
11. É da nata que também se faz o queijo.
12. Não mames todo o leite, bezerrinho!
13. Deixa um pouco de elite para mamãe fazer manteiga.
Fonte: Centro de referência para Pesquisa Histórica em Educação (Unesp-Marília)
Em 1987, é lançada a cartilha Casinha Feliz de Iracema e Eloísa
Meireles. Este livro foi o marco do método fônico no Brasil, o qual enfatizava a
menor unidade da fala, o fonema, e sua representação na escrita. Citando
Braslavsky, (Frade 2005) explica que no método fônico ensina-se primeiro as
formas e os sons das vogais, para depois ensinar as consoantes e vogais,
estabelecendo entre consoantes e vogais, relações cada vez mais complexas.
Cada letra é aprendida como um som que, junto a outro som, pode formar
sílabas e palavras.
Conforme já foi apontada, a partir da década de 80, a discussão sobre a
alternância dos métodos foi substituída pela discussão sobre o uso ou não dos
métodos de alfabetização, o que veio repercutir na produção de materiais
didáticos. Há um rompimento com a defesa explícita do método tão presente
nos discursos, na formação dos professores e nos materiais didáticos. Os
educadores passaram a trabalhar com textos diversificados nos diferentes
suportes que circulavam na sociedade como livros, jornais, revistas,
embalagens, bulas, entre outros.
No final da década de 1990, houve uma defesa à volta dos livros para
alfabetizar. Tais materiais, então, ficaram semelhantes aos livros de leitura,
mas não continham atividades que exploravam a relação fonema/grafema.
Frade (2003) explica que, nos últimos anos, dentro da Política Nacional do
Livro Didático (PNLD), vem ocorrendo uma tendência pela escolha de livros de
alfabetização considerados menos recomendados. Um fato que explica tal
escolha, é que muitos professores esperam encontrar nos livros de
alfabetização, de hoje, a permanência de procedimentos sistemáticos e
explícitos para ensinar a ler e escrever.
Será a cartilha um mal necessário, de
fato? Que outras concepções, que outras
práticas, que outros conteúdos, que outras
finalidades da alfabetização, que outras formas
de acesso ao mundo da cultura seriam
possíveis, no sentido de romper com esse pacto
secular?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. Estética da Criação verbal: São Paulo: Martins Fontes, 2003.
FRADE, Isabel C. S..Alfabetização hoje: onde estão os métodos? Revista
Presença Pedagógica. Belo horizonte: Dimensão, nº 50 Mar./Abr. 2003
FRADE, Isabel Cristina A. S. e Maciel, Francisca Izabel Pereira. História da
alfabetização: produção, difusão e circulação de livros MG/RS/MT- Séc. XIX e
XX). Belo Horizonte: UFMG/FAE, 2006.
FRADE, Isabel Cristina A. S. Métodos e didáticas de alfabetização: história,
características e modos de fazer de professores: caderno do formador. Belo
Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005.
GOULART, Cecília. A organização do trabalho pedagógico: alfabetização e
letramento como eixos orientadores. In Brasil, Ministério da Educação. Ensino
Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis
anos de idade. Brasília: MEC/SEB, 2006.
MORTATTI, M. R. L. Cartilha de alfabetização e cultura escolar: Um pacto
secular. Caderno CEDES v.20 n.52 Campinas, nov.2000.
______. História dos métodos de alfabetização no Brasil. Seminário
Alfabetização e Letramento em Debate. Disponível em www.mec.gov.br, maio
de 2006.
SOARES, Magda Becker. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. Anais
da 26ª Reunião Anual da ANPED – GT Alfabetização, Leitura e escrita. Poços
de Caldas, 7 de outubro de 2003
STAMATTO, M. I.S. Os manuais escolares, o método de alfabetização e de
ensino no Brasil (1822 – 1889). In: FERNANDES, Rogério e Adão, Áurea, Adão
(orgs.). Leitura e escrita em Portugal e no Brasil (1500-1970). Sociedade
Portuguesa de Ciências da Educação. Porto, 1998
QUEM DESEJAR LER O TEXTO NA ÍNTEGRA, DEVE VISITAR A PÁGINA:
CARTILHAS: DAS CARTAS AO LIVRO DE ALFABETIZAÇÃO Ana Maria Moraes Scheffer, Rita de Cássia Barros de Freitas Araújo, Viviam Carvalho de Araújo, Mestrandas em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora.
remoto, é bem possível que se lembre das cartilhas que circulavam nas salas
de aula, trazendo à tona lembranças do seu período de alfabetização. Período
em que as cartilhas ou os pré-livros eram os primeiros, senão, os únicos
materiais impressos a que tiveram acesso no processo inicial de ensino e
aprendizagem da leitura e da escrita. Valem as perguntas: Como se deu a
nossa alfabetização? Quais os materiais e/ou livros didáticos que circulavam
em nossas salas de aula?
Conforme destaca Stamatto (1998), a cartilha1, manuais escolares
empregados na alfabetização e na aprendizagem da leitura, ficou conhecida no
Brasil, desde a época colonial. Nesta ocasião, as cartilhas eram constituídas da
apresentação do alfabeto em grupos de letras para a formação de sílabas e de
textos religiosos escritos em português e latim.
Segundo a referida autora, a primeira lei brasileira sobre a escola
primária do ano de 18272, não mencionava o método e o manual escolar a
serem utilizados, mas determinava que o livro de leitura fosse a constituição
brasileira e os livros de história do Brasil. Na prática, isto não podia ser
comprovado, uma vez que havia dificuldade de acesso aos livros e obras para
realizar este estudo.
No início do século XIX, no Brasil, os manuais usados para ensinar a ler
e escrever eram importados de Portugal, pois até o ano de 1808, não era
permitida a publicação de livros nacionais. Os professores confeccionavam o
seu próprio material para alfabetizar e usavam também cartilhas portuguesas
como: O expositor português e a Cartilha Maternal, tendo sido esta última
produzida pelo poeta português João de Deus.
Os materiais produzidos pelos professores foram denominados Cartas
do ABC, que traziam o alfabeto escrito de várias formas, valorizando a grafia. O
método que se concretizava através desta cartilha era o método alfabético, o
qual toma como unidade de análise o nome de cada letra. Nesse método era
utilizado o processo de soletração para decifrar a palavra, por exemplo: bola,
be-o-bo, ele-a-la= bola.
Na década de 1880, foi produzida a Cartilha Nacional de Hilário Ribeiro
que propunha um trabalho simultâneo da leitura e da escrita e o ensino do valor
fônico das letras para o aprendizado da leitura. Nesta mesma década, foi
lançada a Cartilha da Infância de Thomaz Galhardo, baseada na silabação.
Esta cartilha foi usada nas escolas brasileiras até a década de 1980. Vejamos
o modelo de lição apresentada em uma página desta Cartilha da Infância citada
por Mortatti (2000, p3):
2 ª lição
va ve vi vo vu
ve va vo..vu..vi
vo vi va ve vu
vai viu vou
Vocábulos
Vo-vó a-ve a-vô o-vo
vi-va vo-vo ou-ve u-va
ui-va vi vi a vi ú va
Exercício
Vo-vó viu a a-ve
A a-ve vi-ve e vo-a
Eu vi a vi-ú-va
vi-va a vo vó
vo-vô vê o o-vo
a a-ve vo-a-va
Publicada em 1907 e muito usada em vários estados brasileiros, a
Cartilha Analytica de Arnaldo Barreto marca a ascensão do método analítico no
Brasil. Apesar do nome, esta cartilha estava dividida em decifração e
compreensão como constatamos no exemplo abaixo de uma das páginas desta
cartilha:
1. Esta é a vaca do meu tio Carlos.
2. Chama-se Rosada.
3. Chama-se Rosada, porque é vermelha.
4. Rosada tem um lindo bezerro.
5. O bezerro também é vermelho.
6. Ele gosta muito do leite da Rosada.
7. Vocês também gostam de leite?
8. Eu gosto muito de leite.
9. Gosto de leite quando tem nata.
10. É da nata que se faz a manteiga.
11. É da nata que também se faz o queijo.
12. Não mames todo o leite, bezerrinho!
13. Deixa um pouco de elite para mamãe fazer manteiga.
Fonte: Centro de referência para Pesquisa Histórica em Educação (Unesp-Marília)
Em 1987, é lançada a cartilha Casinha Feliz de Iracema e Eloísa
Meireles. Este livro foi o marco do método fônico no Brasil, o qual enfatizava a
menor unidade da fala, o fonema, e sua representação na escrita. Citando
Braslavsky, (Frade 2005) explica que no método fônico ensina-se primeiro as
formas e os sons das vogais, para depois ensinar as consoantes e vogais,
estabelecendo entre consoantes e vogais, relações cada vez mais complexas.
Cada letra é aprendida como um som que, junto a outro som, pode formar
sílabas e palavras.
Conforme já foi apontada, a partir da década de 80, a discussão sobre a
alternância dos métodos foi substituída pela discussão sobre o uso ou não dos
métodos de alfabetização, o que veio repercutir na produção de materiais
didáticos. Há um rompimento com a defesa explícita do método tão presente
nos discursos, na formação dos professores e nos materiais didáticos. Os
educadores passaram a trabalhar com textos diversificados nos diferentes
suportes que circulavam na sociedade como livros, jornais, revistas,
embalagens, bulas, entre outros.
No final da década de 1990, houve uma defesa à volta dos livros para
alfabetizar. Tais materiais, então, ficaram semelhantes aos livros de leitura,
mas não continham atividades que exploravam a relação fonema/grafema.
Frade (2003) explica que, nos últimos anos, dentro da Política Nacional do
Livro Didático (PNLD), vem ocorrendo uma tendência pela escolha de livros de
alfabetização considerados menos recomendados. Um fato que explica tal
escolha, é que muitos professores esperam encontrar nos livros de
alfabetização, de hoje, a permanência de procedimentos sistemáticos e
explícitos para ensinar a ler e escrever.
Será a cartilha um mal necessário, de
fato? Que outras concepções, que outras
práticas, que outros conteúdos, que outras
finalidades da alfabetização, que outras formas
de acesso ao mundo da cultura seriam
possíveis, no sentido de romper com esse pacto
secular?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. Estética da Criação verbal: São Paulo: Martins Fontes, 2003.
FRADE, Isabel C. S..Alfabetização hoje: onde estão os métodos? Revista
Presença Pedagógica. Belo horizonte: Dimensão, nº 50 Mar./Abr. 2003
FRADE, Isabel Cristina A. S. e Maciel, Francisca Izabel Pereira. História da
alfabetização: produção, difusão e circulação de livros MG/RS/MT- Séc. XIX e
XX). Belo Horizonte: UFMG/FAE, 2006.
FRADE, Isabel Cristina A. S. Métodos e didáticas de alfabetização: história,
características e modos de fazer de professores: caderno do formador. Belo
Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005.
GOULART, Cecília. A organização do trabalho pedagógico: alfabetização e
letramento como eixos orientadores. In Brasil, Ministério da Educação. Ensino
Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis
anos de idade. Brasília: MEC/SEB, 2006.
MORTATTI, M. R. L. Cartilha de alfabetização e cultura escolar: Um pacto
secular. Caderno CEDES v.20 n.52 Campinas, nov.2000.
______. História dos métodos de alfabetização no Brasil. Seminário
Alfabetização e Letramento em Debate. Disponível em www.mec.gov.br, maio
de 2006.
SOARES, Magda Becker. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. Anais
da 26ª Reunião Anual da ANPED – GT Alfabetização, Leitura e escrita. Poços
de Caldas, 7 de outubro de 2003
STAMATTO, M. I.S. Os manuais escolares, o método de alfabetização e de
ensino no Brasil (1822 – 1889). In: FERNANDES, Rogério e Adão, Áurea, Adão
(orgs.). Leitura e escrita em Portugal e no Brasil (1500-1970). Sociedade
Portuguesa de Ciências da Educação. Porto, 1998
QUEM DESEJAR LER O TEXTO NA ÍNTEGRA, DEVE VISITAR A PÁGINA:
CARTILHAS: DAS CARTAS AO LIVRO DE ALFABETIZAÇÃO Ana Maria Moraes Scheffer, Rita de Cássia Barros de Freitas Araújo, Viviam Carvalho de Araújo, Mestrandas em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Estou encantada com o seu Blog. Esta atitude de resgatar a memória das Cartilhas Antigas foi muito sábia, pois nós alfabetizadores na sua grande maioria, desconhece a origem das Cartilhas. Seria muito bom se vc conseguisse postá-las para download, pois teríamos uma bela coleção. Você está de parabéns, pelo carinho com que dedica a nós educadores, estes materiais tão ricos.
ResponderExcluirAchei fascinante a ideia de se resgatar a lembrança dessas cartilhas antigas...Fiquei no suspense querendo relembrar a cartilha da minha infância,mas não a reconheci em nenhuma desse acervo.Será onde mais que devo procurar? A minha cartilha em que fui alfabetizada contava a estória de 3 cabritinhos...tinha algo mai ou menos assim:..."mas zecão era grande, muito grande... tinha alguma coisa relacionada a um bosque,uma ponte onde passavam os cabritinhos,,tinha também alguém que usava tamancos que faziam toc...toc.. (que saudades!) . Se alguém se lembrar, ou conhecer o nome da cartilha,poderia me fornecê-lo.Eu ficaria muito satisfeita...Grande abraço e parabéns!!!
ResponderExcluirSerá que é a mesma que fui alfabetizada? Lembro-me dessa passagem. A minha era uma cartilha que a professora entregava uma folha por dia. Era o maior suspense; Se for essa, um dia, já adulta, numa biblioteca vi esta cartilha e sabia que até mesmo o cheiro dela me remeteu ao passado. O nome da cartilha era " O Presente." foi em 1966.
ExcluirO livro que conta a história dos 3 cabritinhos chama "Aconteceu no bosque". A autora é Zélia Almeida, a editora é FTD/SP. Veja parte dele:
ExcluirLá longe muito longe,
na casinha do bosque, moravam três cabritinhos.
Bitu era pequeno, pequeno...
Fofinho era gordinho gordinho...
e Zecão era grande, muito grande!
Lá longe muito longe,
na casinha do bosque, os três viviam felizes, muito felizes!
Mas um dia....
Um dia: Toque, toque, toque!
Zecão abre a porta.
Joca lhe dá uma carta,
uma carta da bicharada.
Zecão abre a carta.
Zecão lê a carta.
Bitu chora, chora...
Fofinho treme, treme...
Mas Zecão não chora e não treme.
Ele é grande, muito grande!
Rita, que alegria! Sempre quis encontrar a cartilha que eu tinha sido alfabetizada. Eu lembrava a primeira estrofe direitinho... Mas o fim é assim mesmo? Ficamos sem saber o que tinha na carta?
ExcluirDesculpa, agora que eu vi que vc tinha publicado só parte...
ExcluirQue saudades!!! Gostaria muito de ter a cartilha "aconteceu no Bosque"
ExcluirBom dia!. Não existe nenhum exemplar à venda ? Gostaria de relembrar a história toda dos cabritinhos.
ExcluirAchei fascinante a ideia de se resgatar a lembrança dessas cartilhas antigas...Fiquei no suspense querendo relembrar a cartilha da minha infância,mas não a reconheci em nenhuma desse acervo.Será onde mais que devo procurar? A minha cartilha em que fui alfabetizada contava a estória de 3 cabritinhos...tinha algo mai ou menos assim:..."mas zecão era grande, muito grande... tinha alguma coisa relacionada a um bosque,uma ponte onde passavam os cabritinhos,,tinha também alguém que usava tamancos que faziam toc...toc.. (que saudades!) . Se alguém se lembrar, ou conhecer o nome da cartilha,poderia me fornecê-lo.Eu ficaria muito satisfeita...Grande abraço e parabéns!!!
ResponderExcluirEu também fui alfabetizada com essa cartilha. Amava. Quero muito ter. Se não estou enganada, era OS PERSONAGENS DO BOSQUE
ExcluirAchei fascinante!!! Estudei em duas dessas cartilhas e revê-las me fez relembrar dos meus tempos de criança. Que saudade....
ResponderExcluirEstou maravilhada com seu blog, depois de tanta procura na internet achei um espaço realmente "perfeito" e "completo" com os mais diversos assuntos que nos educadores precisamos para pesquisa, consulta, duvidas etc...
ResponderExcluirSó tenho a agradecer!
PARABÈNS!!!
Agradeço o carinho em reunir tão úteis informações, estou cursando pedagogia e o conteúdo foi muito proveitoso, vou enviar este endereço para minhas colegas para consultarem também é uma fonte rica de conhecimentos.Senti saudades demais da minha primeira série e da infância em geral, fechando os olhos senti até os aromas daquele tempinho sem compromisso...A cartilha que usei foi a última aqui listada : No reino da alegria.Andreiza Rodrigues.U@B Pedagogia 1 UFMG.
ResponderExcluirOla!fico pensando em qual magica fomos alfabetizados e sabiamos ler e escrever cedo.hoje, o que eu vejo apesar de toda tecnologia e informações que cercam os jovens são evasões analfabetos e semi letrados aos 15 anos e coisas piores.O que fizeram com a nossa boa educação.
ResponderExcluirnão achei a cartilha o sonho de talita!adorei seu blog
beijos!
Achei muito bom o seu blog.Tantas informações...Muito bom poder encontrar tudo reunido num só lugar.Parabéns por seu trabalho;a internet está deixando cada vez mais,as pessoas mais informadas.Pra nós professores,informações como as que temos aqui são MARAVILHOSAS!!!
ResponderExcluirEstou gostando muito do seu blog. Fiquei emocionado ao ver a capa da cartilha pelo qual fui alfabetizado, "No Reino da Alegria" de Doracy de Almeida. Não haveria como nos disponibilizá-la por DOWNLOAD?
ResponderExcluirParabéns pela qualidade desta postagem, infelizmente quando fiz minha monografia sobre Cartilhas de Alfabetização não tive conhecimento do blog que muito teria me ajudado nas pesquisas.
ResponderExcluirMais uma vez parabéns pelo blog.
Gracas a Deus ainda temos gente como você! Ver o que está acontecendo com a educação neste pais hoje, só um trabalho como o seu dá esperanças de um futuro melhor!Andrea Fonseca
ResponderExcluirVoce está de parabéns pelo lindo trabalho de resgatar a lembrança dessas cartilhas antigas...Fiquei até emocionada. Porém, não encontrei a cartilha da minha infância. Não a reconheci em nenhuma desse acervo.Será onde mais que devo procurar? Se não me engano, acho que era mesmo assim, a cartilha que fui alfabetizada: EU ME CHAMO LILI. VOCE CONHECE A LILI. EU COMI DOCE.
ResponderExcluir(que saudades!) . Se alguém se lembrar, ou conhecer o nome da cartilha,poderia me fornecê-lo.Eu ficaria muito satisfeita...Grande abraço e parabéns!!!
Abraços, M.A.A
As cartilhas constituem a maior e melhor maneira de se alfabetizar, pois respeitam a criança e seu tempo. Elas iniciam nas letras e depois apresentam as sílabas e assim por diante formando palavras e depois pequenas frases. Ao terminar uma cartilha qualquer alfabetizando consegue ler e escrever, o que significará para ele um degrau para posteriormente ler um texto maior ou um livro que seja. Bem ao contrário dos livros modernos que a grande maioria dos alunos terminam o 5º ano desmotivados por terem uma leitura precária ou mesmo por não saberem ler.
ResponderExcluirO problema das cartilhas é que não dará lucro ao governo. Imagine todos aqueles livros que o governo lança sendo subtituídos pela cartilha caminho suave? com que cara o governo vai encarar a sociedade e dar explicações do atual fracasso na alfabetização?
"Brasil mostra a sua cara, quero ver quem paga pra gente viver assim..."
Amei este blog.
ResponderExcluirGostaria de resgatar informações da cartilha que fui alfabetizada, foi com a CARTILHA DO DUDU em 1967.
Desde já obrigada.
Que delicia de blog, mas e a Cartilha do Dudu?, fui alfabetizada em 1967, será que consigo resgatar imagens dessa cartilha? Me ajudem
ResponderExcluirobrigada
Irma
Eu tb fui alfabetizada com essa cartilha mas nem referência achei só sei que a prof entregava cada dia uma folha
ExcluirAchei esse espaço maravilhoso, além de nos remeter a nossa infancia; trouxe informações valiosas... também fui alfabetizada com a Cartilha do Dudu e amaria saber algo sobre ela tal qual a Irma.
ResponderExcluirTb fui em 1970 A prof dava uma folha por dia mas não acho referência
Excluirfiquei emocionada ao ver a cartilha: Onde está o Patinho, pois foi com ela que fui alfabetizada! Até pouco tempo, eu a tinha, guardada e amarelada, quando emprestei à uma amiga para fazer um trabalho de faculdade. Nunca mais a vi. Será que tem algum exemplar que eu possa adquirir?
ResponderExcluirParabéns, e obrigada por resgatar essas lembranças tão gostosas na gente!
Oi, Irma, tudo bem? Infelizmente ainda não consegui a Cartilha do Dudu. Porém, ela passou a fazer parte da minha 'lista de buscas'...rs. Assim que encontrar, coloco para matarmos saudades, tá? Beijo!!!
ResponderExcluirOlá, Beth!! Conforme disse anteriormente, passarei a procurar a Cartilha do Dudu, sim? Um grande beijo!!!
ResponderExcluirFiquei encantada com seu blog, pois fiz uma viagem com meu pai qunado ele foi alfabetizado. Parabéns!E tive ideias para melhorar nossa alfabetizaçao.Em outra oportunidade darei noticias destas ideias. bjs Eliane Alves.
ResponderExcluirOi, Eliane Alves!! Que alegria o seu comentário! Sou apaixonada por analisar cartilhas antigas e até encontrei a minha, a cartilha pompom meu gatinho! Um abraço pro seu pai e com certeza aguardarei notícias suas, viu? Beijo grande e ótima semana!!
ResponderExcluirParabéns por resgatar a memória do aprendizado!, particularmente fiquei muito feliz em poder rever a capa da cartilha "No reino da alegria" com a qual fui alfabetizado no ano de 1982, era essa capa mesmo, que saudade d minha professora a Tia Beth, lembro-me como se fosse hoje, que vontade de chorar...
ResponderExcluirMaravilha pura !
ResponderExcluirNossa quanta história legal
Gostaria de ver a cartilha que eu fui alfabetizada, contava a história da Lalá, Lelé, Lili, Loló e Lulú, como esse povo andava !
Quanta imaginação, cada palavrinha introduzida era um sonho !
Lembro-me também da cartilha "No reino da alegria"
E da minha saudosa Tia Paia, a quem devo muito !
PARABÉNS PELA INICIATIVA. ESTOU EMOCIONADA EM REVER ESTAS IMAGENS. RELEMBRAR DAQUELES MOMENTOS. FUI ALFABETIZADA EM ESCOLA RURAL, SALA MULTISSERIADA. COMO FOI BOM ENCONTRAR ESTE BLOG.
ResponderExcluirMuito lindo esse blog!!
ResponderExcluirÉ simplesmente maravilhoso! Estava procurando minha primeira Cartilha. No ano de 1975, quando comecei a alfabetização em Recife/PE, era uma cartilha colorida na frete com desenhos de A de avião, B de bola....Não encontrei aqui no seu blog. Mas, foi fascinante voltar ao passado. Parabéns.
ResponderExcluirAdorei! parabens! essas cartilhas nao foram do meu tempo, mas e de grande importancia pesquisar conteudos da nossa sociedade contemporanea e a sua formacao no processo de alfabetizacao.Bjs!
ResponderExcluirCARTILHAS ORIGINAIS A VENDA SENDO ALGUMAS COM VARIAS EDIÇÕES
ResponderExcluirCONTATOS PARA: [email protected]
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Oi! Terias a Cartilha da Mônica? (1976) Muito Obrigada!
ExcluirBolha de sabão, qual o valor?
ExcluirGostei muito de encontrar esse blog. Estava mesmo procurando no Google a Cartilha Caminho Suave e Ensino Rápido, com as quais fui alfabetizada.E fui surpreendida com tanta coisa boa do meu passado escolar. Eu até copiei algumas lições postadas da cartilha do Bitu bate bola. Porque eu alfabetizo crianças que estão na escola, da 1ª a 4ª série, mas que não sabem ler, nem escrever. Isso me deixa pasma. Crianças e adolecentes que não sabem ler, apesar de estarem na escola. Gostaria muito que voce postasse, se possível, páginas da Caminho Suave e Ensino Rápido, pra eu copiar, pra poder ajudar minhas crianças. A cartilha Sodré, quanta saudade! Posta essa tambem pra gente poder copiar. Seria uma gentileza sem medida. Neste tempo de tanta brincadeira e jogos eletronicos, onde as nossas crianças não tem tempo para brincar de boneca, casinha, bola de gude, pião. Eu estou tentando voltar no tempo com minhas crianças, embora elas não sabem disso, mas estão felizes porque estão aprendendo a ler e escrever e fazer continhas, à moda antiga. Abçs.-- Lira Nogueira
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFaltou a q eu fui alfabetizado
ResponderExcluira cartilha da ana e do zé
Queria rever a cartilha que tive... Está é a Lili e essa é a sua boneca Cidinha...
ResponderExcluirAcho que 1976.
Que belo encontro com a história da Alfabetização no nosso Brasil!. Parabéns pelo resgate e compartilhamento.
ResponderExcluirOi! Alguém tem a Cartilha da Mônica (1976)
ResponderExcluirBom dia!Fiquei muito feliz em ter relembrado aqui parte do trecho da cartilha "Aconteceu no Bosque", essa cartilha foi o meu primeiro livro de alfabetização em 1981. É uma pena não conseguir encontra la!
ResponderExcluirQ legal! Gostaria mto de encontrar a cartilha q fui alfabetizada, lembro apenas do título: Rute e Olavo, e tbem uma das lições... Chico chora da chuva - a chupeta do bebê caiu no chão...ficarei mto feliz se conseguir.
ResponderExcluirGostaria mto de encontrar a cartilha pela qual fui alfabetizada, lembro apenas do título: Rute e Olavo e tbem uma das lições q dizia: Chico chora da chuva- a chupeta do bebê caiu no chão...espero t esta grande alegria
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