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O papel: A história do papel, alguns tipos de papel, como fazer papel reciclado?

A História do Papel
Antecedentes
Antes da invenção do papel, o homem se utilizava de diversas formas para se expressar através da escrita. Na Índia, eram usadas as folhas de palmeiras. Os esquimós utilizavam ossos de baleia e dentes de foca. Na China escrevia-se em conchas e em cascos de tartaruga. As matérias primas mais famosas e próximas do papel foram o papiro e o pergaminho. O primeiro, o papiro, foi inventado pelos egípcios e apesar de sua fragilidade, milhares de documentos em papiro chegaram até nos. O pergaminho era muito mais resistente, pois se tratava de pele de animal, geralmente carneiro, bezerro ou cabra e tinham um custo muito elevado. Os Maias e os Astecas guardavam seus livros de matemática, astronomia e medicina em cascas de árvores, chamadas de "tonalamatl".
A palavra papel é originária do latim "papyrus". Nome dado a um vegetal da família "Cepareas" (Cyperua papyrus). A medula dos seus caules era empregada, como suporte da escrita, pelos egípcios, há 2 400 anos antes de Cristo. Entretanto foram os chineses os primeiros a fabricarem o papel como o atual, começando a produção de papel a partir de fibras de bambu e da seda.

No Brasil
A primeira fábrica de papel no Brasil surge com a vinda da família real portuguesa. Localizada no Andaraí Pequeno (RJ), foi fundada entre 1808 e 1810 por Henrique Nunes Cardoso e Joaquim José da Silva. Em 1837 surge a indústria de André Gaillar e, em 1841, a de Zeferino Ferrez.

Como é feito o papel?

A matéria-prima básica para o processo de fabricação do papel é a madeira. Para fazer o papel branco não-revestido, utilizamos a fibra curta, no Brasil encontrada no eucalipto. Após sete anos de cultivo, o eucalipto está pronto para ser colhido e utilizado no processo de fabricação do papel. Assim, novas mudas são plantadas e cultivadas, garantindo um ciclo de consumo fechado, renovável e responsável na utilização das florestas comerciais de eucalipto.
Para começar o processo, as toras de madeira devem ser reduzidas a cavacos, porém antes de serem picados, as toras passam por um grande cilindro descascador. Dentro do cilindro, as toras colidem uma com a outra e friccionam até remover a casca.
A casca cai através dos entalhes nas paredes do cilindro e é coletado e queimado como o combustível nas caldeiras.
As toras descascadas passam por um picados, que as reduz ao tamanho de 1 polegada.
A madeira é composta de fibras pequenas da celulose, que se colam por uma substância chamada lignina.
No processo de celulose, estas fibras são separadas cozinhando a madeira com produtos químicos para dissolver a lignina.
Para conseguir este feito, os cavacos são carregadas até os grandes digestores.
Os digestores são projetados no mesmo princípio que uma panela de pressão de cozinha. Os cavacos e os produtos químicos são cozinhados sob a pressão por 1.5 a 4 horas até que a mistura esteja reduzida a uma pasta de celulose com coloração escura. Essa celulose é lavada então para remover os produtos químicos e passa por um processo de branqueamento, que elimina todas suas impurezas, transformando-a em celulose branqueada.
De lá, a celulose segue para a máquina de papel, adicionado aditivos para dar ao papel as propriedades desejadas.
A água é adicionada então à celulose em uma relação de 200 porções da água a uma porção da fibra, e é pulverizada sobre uma tela formadora da folha. Assim a folha de papel já começa a tomar forma e gramatura, definidas através de ajustes de velocidade e concentração da massa de celulose branqueada feitos na máquina.
Com a máquina rodando em alta velocidade, o papel é pressionado entre telas e a água é absorvida com uma série dos cilindros chamados de secadores.
Após secar, o papel atravessa um processo de prensagem e alisamento que visam: retirar o excesso de umidade existente na folha, alisar sua superfície e controlar sua espessura.
O papel sai da Calandra e segue para a enroladeira, onde a folha é transformada em um grande rolo de papel para futura confecção de rolos menores nas rebobinadeiras, denominados bobinas, que seguem padrões de tamanho pré-determinados destinadas para clientes gráficos.
Para fazer o papel cortado, as bobinas continuam o processo passando pelas cortadeiras, adotando-se padrões de formato e gramatura.
Após o corte, as folhas são contadas e separadas de acordo com quantidade em que elas serão embaladas.
As empacotadeiras são responsáveis por embalar o papel cortado com 100 ou 500 folhas. Os pacotes de folhas embaladas passam a receber o nome de resmas e são encaminhadas ao processo seguinte, sendo agrupadas em caixas com 5, 10, 12 ou 50 unidades. Após o encaixotamento das resmas, as caixas são acomodadas em paletes e encaminhadas para a expedição.
Na expedição é realizado o embarque de paletes em caminhões responsáveis pelo transporte dos papéis aos distribuidores, que os encaminham aos pontos de venda: papelarias, livrarias, supermercados, lojas de informática etc.

Papel Contact: Muito utilizado atualmente para encapar cadernos ou objetos que necessitem ser protegidos, o papel contact tem esse nome por ser adesivo de um lado, bastando retirar a folha protetora e aplicar. Também pode ser encontrado colorido ou fantasia, com vários temas e ilustrações.




Cartolina: Resistente e colorida, a cartolina serve a mil e uma utilidades e também apresenta uma grande variedade nos dias atuais! Cartolina e Papelão é um intermediário entre papel e o papelão. É fabricado diretamente na máquina, ou obtida pela colagem e prensagem de várias outras folhas. Conforme a grossura, diz-se cartolina ou papelão. Na prática diz-se cartão, se a folha pesar 180 gramas ou mais por metro quadrado; menos que isso, é papel. A distinção entre cartolina e papelão costuma-se fazer pela grossura; é papelão quando supera o meio milímetro.

cartolina dupla-face: Mais colorida que a cartolina comum

cartolina metalizada ou laminada:



Papel Corrugado: O papelão ondulado nasceu do uso de papel e da necessidade crescente para empacotar e proteger. Possui uma estrutura formada por ondas de papelão firme. Pode ser encontrado em várias cores e atualmente é muito utilizado para forrar murais e confeccionar embalagens e caixas de presente.



Papel Silhueta: Colorido, maleável, possui um lado bastante iluminado ou lustroso. Já foi mais empregado que nos dias atuais.




Papel nacarado: É transparente como o celofane, porém mais maleável e com bastante brilho. Utilizado em festas, em adornos, possui diversas aplicações.


Papel Ofício: Folha comum muito utilizada em escolas e escritórios. Pode ser encontrada em cores e tamanhos variados: A4, Ofício etc.





Papel pedra: papel leve, cuja principal característica é imitar a superfície de uma pedra ou rocha. Geralmente utilizado para forrar potes ou latas quando se deseja efeito marmorizado ou mesmo em murais, quando se quer efeito pedra em algum detalhe. Pode ser utilizado amassado para dar maior naturalidade à cena.









Papel Celofane: Maleável, colorido e transparente, rasga com facilidade. Parece plástico porém menos resistente. Muito utilizado para ornamentar cestas de café da manhã, sacos e embrulhos para presente ou lembranças que necessitem de cobertura transparente, que adorne porém deixe ver o conteúdo.


Papel Crepom: Muito utilizado para babados e flores, por ser facilmente trabalhado, maleável e colorido. Algumas pessoas o utilizam para tingir massa de modelar ou guache caseira, pois ele solta tinta quando molhado.


Papel Camurça: macio e camurçado de um lado, sere para os mais diversos usos escolares ou não, algumas pessoas o preferem para forrar murais por substituir o feltro, é mais barato e tem uma aparência parecida, apesar de rasgar.





Acetinado - melhor impressão de tipos e ilustração.

Apergaminhado - qualidade superior, imita o pergaminho.

Bouffant - leve, fofo e áspero, utilizado para impressões de livros.
a) Bouffant de 1a.
Papel fabricado essencialmente com pasta química branqueada, não colado, com alta carga mineral (mais de 10%), bem encorpado e absorvente. Usado para impressão de livros, serviços tipográficos e cópias mimeográficas, podendo ter ou não linhas d'água.
b) Bouffant de 2a.
Papel de impressão, semelhante ao "Bouffant de 1a.", porém contendo pasta mecânica.

Bristol - cartão de boa qualidade, utilizado para cartões de visita, convites, etc.

Bíblia - ou também papel-da-india, opaco, extremamente fino e resistente, utilizado em bíblias e obras muito grandes par diminuir o volume.

Super Bond - semelhante ao apergaminhado, produzido em azul, verde, rosa, canário e outro. Usado para escrita, envelopes, segunda via de talão e encartes.

Couchê gessado - papel brilhante muito próprio para impressão de textos, apesar de ser muito lúcido e incomodar a visão.

Couchê mate - ou couchê fosco, um pouco mais barato que o comum e com menos brilho, facilitando a leitura.

Couchê monolúcido - possui acabamento gessado em apenas uma das faces, com a outra fosca. Utilizando em cartazes.

Offset - junto com o couchê é o mais utilizado, texturas fosca, uso freqüente em livros.

Monolúcidos - liso em apenas uma das faces, muito utilizados em cartazes e em folhetos de uma só face.

Jornal - papel de baixa qualidade, deve ser usado em apenas rotativas de jornal.

Imprensa - é um papel jornal melhorado, apresenta alguns problemas na impressão em policromia, mais utilizado em folhetos de baixíssimo custo.

Kraft - muito resistente, usado para embrulhos e sacos (exemplo: embalagem de Sucrilhos).
a) kraft natural para sacos multifolhados
Papel fabricado com pasta química sulfato não-branqueada, essencialmente de fibra longa, geralmente nas gramaturas de 80 a 90 g/m2. Altamente resistente ao rasgo e com boa resistência ao estouro. Usado essencialmente para sacos e embalagens industriais de grande porte.
b) kraft extensível
Fabricado com pasta química sulfato ou soda não branqueada, essencialmente de fibra longa, geralmente nas gramaturas de 80 a 100 g/m2. Altamente resistente ao rasgo e a energia absorvida na tração. Possui alongamento no sentido longitudinal maior ou igual a 8%. Usado para embalagem de sacos de papel.
c) kraft natural ou em cores para outros fins
Fabricado com pasta química sulfato, não-branqueada, essencialmente de fibra longa, geralmente com 30 a 150 g/m2, monolúcido ou alisado, com características de resistência mecânica similar ao "Kraft Natural para Sacos Multifolhados". Usado para a fabricação de sacos de pequeno porte, sacolas e para embalagens em geral.
d) kraft branco ou em cores
Fabricado com pasta química sulfato branqueada, essencialmente de fibra longa, geralmente com 30 a 150 g/m2, monolúcido ou alisado. Usado como folha externa em sacos multifolhados, sacos de açúcar e farinha, sacolas e, nas gramaturas mais baixas, para embalagens individuais de balas etc.
e) tipo kraft de 1a.
Papel de embalagem, semelhante ao "Kraft Natural ou em Cores", porém com menor resistência mecânica que este, fabricado com pelo menos 50% de pasta química, geralmente com mais de 40 g/m2, monolúcido ou não. Usado geralmente para saquinhos etc.
f) tipo kraft de 2a.
Papel semelhante ao "Tipo Kraft de 1a.", porém com resistência mecânica inferior, geralmente com mais de 40 g/m2, monolúcido ou não. Usado para embrulhos e embalagens em geral.


Verge - textura fosca com uma trama formada por pequenos sulcos, branco ou cores pastéis. Causa sobriedade e diferenciação ao projeto, mas é muito utilizado.

H.D. (Heavy Duty) - possui certo grau de resistência à tração. Utilizado para embrulhos, confetes, serpentinas, etc.

Seda - papel macio utilizado em guardanapos e revestimento de produtos durante o empacotamento.

Papel-da-China - fabricado com a casca do bambu, aspecto sujo, mas macio e brilhante, usado em tiragem de gravuras.

Papel japonês - ou papel-de-arroz, branco ou pouco amarelado, sedoso, espesso, transparente, frágil, utilizado em gravuras.

Pergaminho - faz lembrar o pergaminho, frequentemente utilizado para capas de volumes.


Como fazer papel reciclado? Vídeo.






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