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POSTAGENS MAIS RECENTES!

Que tipo de letra se deve usar na alfabetização?

Que tipo de letra se deve usar na alfabetização?




A proposta de alfabetização e letramento deve naturalmente adequar-se às exigências da realidade atual. Nessa realidade, a letra de imprensa está presente em todos os momentos da vida de crianças e adultos: nos livros, na televisão, nas revistas, nos jornais, nas embalagens, nos rótulos, no teclado do computador. Sendo assim, fica claro o papel social fundamental da letra de imprensa na alfabetização.
Começar a alfabetização com letra de imprensa maiúscula é uma tentativa de respeitar a sequência do desenvolvimento visual e motor da criança. Esse tipo de letra, por ter um traçado mais simples, possibilita uma ampliação de tempo para pensar sobre a escrita dos diversos tipos de texto, das palavras e das letras que devem ser usadas para representar os sons.
E a letra cursiva não precisa mais ser ensinada?
Na verdade, não existe apenas um alfabeto, e sim vários tipos de alfabetos, e todos são socialmente importantes. Dessa maneira, a alfabetização precisará trabalhar com todos os tipos de letras, iniciando o trabalho com letra de imprensa maiúscula para a leitura e para a escrita. Em paralelo, deve estabelecer a relação desses tipos de letras com as cursivas, trabalhando a movimentação delas na pauta dupla. A letra de imprensa minúscula deve ser usada apenas para a leitura, embora possa ser utilizada para a escrita com o auxílio do alfabeto móvel.
Algumas observações importantes em relação às letras:
  • Letra de imprensa minúscula ou script
    É importante esclarecermos que essa letra é apenas para leitura, nunca para escrita. É importante que você esteja atento, pois, como algumas letras e também números apresentam formas semelhantes, diferenciando-se apenas pela posição espacial (b/d/p/q/g/6/9, u/n), algumas crianças confundem o fonema correspondente na hora de ler (dola/bola).
  • Letra cursiva maiúscula e minúscula
    A letra cursiva tem este nome por seu traçado obedecer a um curso, uma continuidade. É uma letra basicamente escolar, ou seja, usada predominantemente na escola. É importante que os alunos a conheçam para ler e, se possível, escrever. Mas algumas crianças não o conseguem, principalmente aquelas com Necessidades Educativas Especiais (NEEs). Por ela não ser encontrada nos escritos diários (jornais, revistas, livros, outdoor, computador etc.), seu uso exclusivo em sala de aula dificulta a leitura geral dos alunos.
Mesmo assim, é importante que a criança aprenda o traçado correto desse tipo de letra e use a letra maiúscula com propriedade. Acima de tudo, seja qual for a letra usada, o essencial é que seja legível.

Consciência fonológica e seu desenvolvimento

O que é consciência fonológica? Como ela se desenvolve? Qual é sua importância para a alfabetização?
A consciência fonológica pode ser definida como a habilidade de manipular a estrutura sonora das palavras, desde a substituição de determinado som até sua segmentação em unidades menores.
É uma capacidade cognitiva a ser desenvolvida, uma vez que contribui para o processo de aquisição da leitura e da escrita. Sua importância está ligada à compreensão do princípio alfabético e ao desenvolvimento de habilidades, como o reconhecimento de sílabas e fonemas numa palavra.
Diversas formas linguísticas com as quais uma criança tem contato contribuem para a formação de sua consciência fonológica, dentre as quais se destacam músicas, cantigas de roda, poesias, parlendas, jogos orais e a própria fala.
É de suma importância no desenvolvimento da consciência fonológica o trabalho com rima e aliterações.
A rima é a identidade sonora que ocorre, geralmente, no final das palavras. Por exemplo, para rimar comsapato, a palavra deve terminar em ato; para rimar com café, a palavra precisa terminar somente em éA equivalência deve ser sonora e não necessariamente gráfica, ou seja, as palavras massa e caçarimam, pois os sons com que terminam são iguais, independentemente da forma ortográfica.

Cantigas, parlendas e trava-línguas: contribuição para o letramento

MARCHA SOLDADO

Marcha soldado, cabeça de papel.
Se não marchar direito, (crianças marchando)
Vai preso pro quartel.

Corre soldado, cabeça de papel.
Se não correr direito, (crianças correndo)
Vai preso pro quartel.

Pula soldado, cabeça de papel.
Se não pular direito, (crianças pulando)
Vai preso no quartel.

As crianças mudam os movimentos de acordo com a letra da música e as ordens dadas por quem está cantando:

Anda soldado...
Senta soldado...
Grita soldado...
Dorme soldado... 

A CANOA VIROU

1ª parte
Forma-se um círculo e, de mãos dadas, a turma canta os versos a seguir trocando o nome "Maria" pelo nome de um aluno, que deverá ir para o centro da roda. Depois, repete-se a música falando o nome de outro aluno até que todas as crianças tenham ido para o centro.

A canoa virou
Por deixar ela virar
Foi por causa da Maria
Que não soube remar.
2ª parte
Depois, você deve cantar a estrofe a seguir. Quando ouvir seu nome, o aluno deve sair do centro da roda e ficar de costas para ela. Repete-se a música até que todos tenham saído da posição da 1ª parte da cantiga.

Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar,
Eu tirava a Maria do fundo do mar.

Fonte: Artigo da Editora do Brasil
http://www.editoradobrasil.com.br/

O que é um ambiente alfabetizador?

O que é o ambiente alfabetizador?




"[...] um ambiente é alfabetizador quando promove um conjunto de situações de usos reais de leitura e escrita das quais as crianças têm oportunidade de participar" (RCNEI; SEF, 1998, p. 154).
A seguir, sugestões para a organização desse ambiente.
  • Alfabeto num varal, perto dos alunos e na altura deles, no início do ano.
  • Espaço para exposição de textos usados na leitura compartilhada, para que eles possam recuperá-los quando quiserem.
  • Mural para exposição da produção dos alunos.
  • Biblioteca de classe, com materiais diversos de leitura.
  • Calendário com uma folha para cada mês que poderá ser preso a um cabide de saia (os alunos deverão receber uma folha de calendário similar para prender no caderno no começo de cada mês, para que façam a mesma marcação do calendário grande).
  • Banco de palavras.
  • Listagem com o primeiro nome de todos os alunos, organizados em ordem alfabética e tendo a letra inicial destacada em vermelho (usar letra maiúscula).
  • Numerário (sequência numérica de 0 a 10 e numeral/ quantidade/ número).
Estímulo ao desenvolvimento cognitivo dos alunos é a tônica de um ambiente alfabetizador. Tudo que for absolutamente desafiador e possível de ser realizado propiciará um processo de ensino e aprendizagem muito mais harmonioso, por ser mais produtivo.
As crianças têm preferências por atividades diferentes e cada uma apresenta um ritmo próprio. O desenvolvimento das atividades psicomotoras, do relacionamento com os outros, da fala e de diversas outras formas de comunicação vão acontecendo em épocas relativamente distintas. As crianças reagem de formas diferentes, por isso o ambiente alfabetizador precisa ser organizado e assimilar hábitos de trabalho que contribuam para a independência de cada uma delas. A sala de aula deve estar preparada de forma a despertar o interesse pela leitura, pela escrita e pelo manuseio do material didático.
Este é um material "vivo" na sala de aula, ou seja, está em constante ampliação e utilização; é uma escrita de referência para os alunos. Explore ao máximo o material.


A importância do lúdico no desenvolvimento do trabalho com a linguagem

A evolução da leitura e da escrita, tendência natural, expressiva e criativa da criança, pode ser facilitada pelo educador por meio de atividades lúdicas, que servirão de apoio ao desenvolvimento da linguagem falada e ao processo de aquisição da linguagem escrita. Jogar e brincar são atividades que, se bem orientadas, certamente contribuirão para o desenvolvimento da psicomotricidade no contexto do processo escolar.
O brincar ensina a criança a lidar com as emoções. Por meio da brincadeira, a criança equilibra as tensões provenientes de seu mundo cultural, construindo sua individualidade, sua marca pessoal e sua personalidade. Portanto, a escola deve facilitar a aprendizagem utilizando atividades lúdicas que criem um ambiente alfabetizador a fim de favorecer o processo de aquisição de autonomia na hora do aprendizado.
As atividades lúdicas, quando bem direcionadas, trazem benefícios que proporcionam saúde física, mental, social e intelectual à criança, ao adolescente e até mesmo ao adulto.
Elas propiciam benefício físico – os jogos lúdicos devem ser a base principal dos exercícios físicos oferecidos às crianças, pelo menos durante o período escolar – e intelectual – o brinquedo contribui para a desinibição, produzindo uma excitação mental altamente estimulante.
Como benefício social – a criança, através do lúdico, representa situações que simbolizam uma realidade que ainda não pode alcançar; através dos jogos simbólicos se explica o real e o eu. Por exemplo, brincar de boneca representa uma situação que ela ainda vai viver e, portanto, desenvolve um instinto natural. O brincar constrói na criança a noção social da importância das regras e do respeito aos outros.
Como benefício didático – as brincadeiras transformam conteúdos em atividades interessantes, revelando certas facilidades através da aplicação do lúdico.
Em resumo, percebemos que, mais do que um passatempo, o lúdico é altamente importante como estratégia de trabalho para o desenvolvimento dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais na formação das crianças e deve estar presente na sala de aula.

A importância do desenvolvimento da linguagem oral

Que relação a linguagem oral tem com o desenvolvimento da leitura e da escrita?
A fala é o principal instrumento de comunicação das crianças com os professores e os colegas. Entretanto, é recente a tendência de torná-la um conteúdo na escola. Hoje, compreende-se que todos precisam saber se expressar e usar a linguagem em variadas situações comunicativas: conversas, entrevistas, seminários, ao telefone, entre tantas outras. Para desenvolver a comunicação oral desde cedo, é importante diversificar os assuntos tratados em sala de aula. O grupo pode discutir uma reportagem, um fato recente ou até um texto científico. Trazer outras pessoas para bater papo também ajuda. A importância do desenvolvimento da linguagem oral não se limita a questões ligadas aos relacionamentos sociais, como aprender a se comunicar, a expressar suas ideias, pensamentos e dúvidas. É fundamental também para o desenvolvimento cognitivo, principalmente ligado ao aprendizado da escrita e da leitura.
Por meio de um trabalho de desenvolvimento da oralidade, as crianças aprendem a distinção entre linguagem oral e escrita (quando percebem que o que está sendo lido não é exatamente igual ao que está sendo contado), organizam o pensamento e a linguagem, ampliam o vocabulário, aprendem a explicar, justificar, opinar e argumentar para defender seus pontos de vista.
O trabalho com a linguagem oral é fundamental também como preparação para a produção de textos, pois, mesmo no momento em que as crianças não escrevem convencionalmente, elas podem produzir textos oralmente trabalhando a organização de ideias, a topicalização dos fatos, a coerência, a organização discursiva dos textos.
Dessa forma, percebe-se que o trabalho com a linguagem oral é pré-requisito fundamental, devendo estar presente em todas as aulas.

O desenvolvimento da linguagem escrita

Como se desenvolve a linguagem escrita? Para que aprender a escrever e a ler?
A construção da escrita caracteriza-se por ser um processo que ocorre nas interações sociais vivenciadas pela criança, isto é, na interação com os adultos, a qual não somente vai dando sentido à escrita da própria criança, como também contribui para que ela se torne "sujeito".
Dessa forma, a alfabetização como prática social precisa lidar com textos reais e com as reais necessidades de leitura e escrita, para que as crianças percebam a função social de tal aprendizado e assim estabeleçam um diálogo com o mundo.
Nessa perspectiva, Soares (2001) afirma que "a função da escola, na área de linguagem, é introduzir a criança no mundo da escrita, explorando tanto a língua oral quanto a escrita como forma de interlocução, em que quem fala ou escreve é um sujeito que em determinado contexto social e histórico, em determinada situação pragmática, interage com um locutor, também um sujeito, e o faz levado por um objetivo, um desejo, uma necessidade de interação". (SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte, Autêntica, 2001. 2. ed., p. 13-60.)
A aprendizagem do uso da escrita, na escola, torna-se um aprendizado a mais: ser capaz de assumir sua palavra na interação com interlocutores que reconhece e com quem deseja interagir para atingir objetivos e satisfazer desejos e necessidades de comunicação.
Portanto, é fundamental que, no processo de alfabetização, as crianças saibam as funções sociais e as finalidades da leitura e da escrita; precisam saber para que se aprende a escrever e a ler. Só compreendendo e praticando esse exercício é que a alfabetização terá sentido.


Fontes: 
RCNEI
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte, Autêntica, 2001. 2. ed)
Editora do Brasil - http://www.editoradobrasil.com.br/


Como elaborar um bom plano de aula?

Como elaborar um bom  plano de aula


ELEMENTOS DO PLANO DE AULA
Beatriz Gomes Nadal


O que é uma aula?

Podemos dizer que a aula é um momento estruturado de trabalho no qual se processa o processo de ensino. Isso significa que a idéia de aula pressupõe sujeitos – professor e alunos; um objeto de trabalho e,por isso, elemento de ligação entre eles – o conteúdo; situações didáticas capazes de permitir a ação conjunta e colaborativa entre os sujeitos e seu objeto de trabalho. Porém, a idéia de aula traz um componente diferenciado: a percepção de que o trabalho de professores e alunos sobre o conhecimento, através de situações didáticas, exige uma estruturação através de momentos e etapas no espaço escolar.

CABEÇALHO
Identificação da instituição, curso, disciplina, professor, série/turma, data e assunto da aula.


ESQUEMA DO CONTEÚDO

Refere-se aos tópicos significativos, mais importantes, que serão objeto de estudo durante a aula. 
Sua redação pode ser objetiva, em itens e subitens ou mesmo através de um pequeno esquema que possibilite compreensão.
O esquema do conteúdo não deve ser confundido com o “conteúdo em si”, ou seja, é inviável, no plano, transcrever todo o conhecimento que será trabalhado por professor e alunos, o que tornaria o plano extenso e levaria à perda de sua objetividade. Todavia, a temática da aula, pode estar registrada em fichas que se constituirão em anexos do plano de aula.

OBJETIVOS

- devem ser atingidos pelo aluno no espaço desta aula
- indicam a capacidade que queremos ver desenvolvida no aluno em relação ao conteúdo, assim, é importante 
estar atento para qual o nível de operação mental que estará em questão
- serão determinantes da escolha das estratégias, dos recursos, da distribuição do tempo e, quando for o caso, 
da avaliação
- não são atividades

MOBILIZAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

- não é a apresentação do conteúdo, mas sim o momento em que buscamos despertar a motivação do aluno para tal aprendizagem 
- um aluno se sente motivado, essencialmente, quando: é desafiado/desequilibrado, percebe que o conteúdo é significativo porque corresponde às suas necessidades/vivências, porque pode resolver problemas com eles ou compreender o mundo à sua volta
- indicar também a organização da classe (fila, círculo, grupos, etc)
- utiliza cerca de 10% do tempo destinado à aula

METODOLOGIA
- é o momento no qual o conteúdo novo será trabalhado junto com aluno (desenvolvimento)
- decorre naturalmente do momento da introdução, não há um “corte” no desenvolvimento da aula
- a escolha das estratégias deve ser decorrente/estar coerente com o que visam os objetivos (essas estratégias 
permitem ao aluno atingir aqueles objetivos?)
- as estratégias escolhidas devem: permitir ao aluno ser sujeito de sua aprendizagem, reconstruindo saberes, 
agindo sobre o conhecimento; permitir ao professor ser mediador, não um transmissor que se constitui como 
única fonte do conhecimento a ser aprendido
- há estreita relação entre as estratégias escolhidas e a participação/envolvimento do aluno na aula, motivo 
pelo qual não podemos desconsiderar as características dos alunos que estão, hoje, nas escolas
- é fundamental ao professor ser criativo permitindo a seu aluno, ao aprender, exercer ele também os 
processos de criatividade, questionamento, compreensão, construção do conhecimento
- há que haver explicitação das ações docentes e discentes, ou seja, o que exatamente estarão fazendo 
professores e alunos
- ensino como mediação e aprendizagem efetiva exige sistematização do conteúdo
- é importante, para a consolidação da aprendizagem, a proposição de processos de fixação
- indicar também a organização da classe (fila, círculo, grupos, etc)


SÍNTESE INTEGRADORA

São as práticas pedagógicas organizadas para permitir ao aluno integrar as diferentes aprendizagens que se fizeram de modo parcelado durante os momentos anteriores da aula. A síntese integradora proporciona ao aluno uma visão de conjunto, uma visão do todo deixando claras as relações entre os diferentes aspectos, tópicos, sub-temas abordados durante a aula, buscando articulação e concatenação pois, ao situar os conhecimentos “parciais” em seu todo, é possível perceber as inter-relações básicas.
É verdade que, ao iniciar a aula, os alunos, normalmente, já possuem uma visão geral do assunto. Contudo, naquele momento, essa visão geral é desorganizada, sincrética. A partir do estudo detalhado do conhecimento é possível aos alunos retomar tal visão geral, contudo, agora, numa “superior integração na qual os fatos aprendidos se organizem dinamicamente em estruturas compreensivas e racionais, para orientá-los na ação e na problemática da vida real e do trabalho”. (MATOS, 1971, p. 350)


A síntese integradora pode ser realizada pelo professor, mas o importante é que ela se processe “na cabeça do aluno”. Sendo assim, pode-se utilizar diferentes técnicas como:
- condução à visão geral, articulada, através da proposição de problemas e perguntas orais, feitas aos alunos - construção de uma visão geral, articulada, através de comentários dos alunos desenvolvidos a partir de gravura, pequeno texto ou esquema relativo à temática da aula
- construção de uma visão geral, articulada, através da elaboração cooperativa de um quadro sinótico compreensivo
- construção de uma visão geral, articulada, através da produção escrita, pelos alunos, de suas inferências 
conclusivas relativas aos conhecimentos trabalhados durante a aula
- apresentação da visão geral, articulada, pelo professor, apoiando-se de esquema relativo ao conteúdo 
trabalhado

REFERÊNCIAS
Relação de fontes utilizadas para o planejamento da aula.



1º Passo: Definir o tema.
O ponto de partida é o tema da aula. A escolha do tema de aula terá de ser de
acordo com o conteúdo dos planos de unidade didáctica das turmas.


2º Passo: Definir os objetivos.
Definir as competências a serem desenvolvidas pelos alunos como, por exemplo, a
compreensão e expressão orais, a leitura, a expressão escrita, o conhecimento explícito,
as competências gerais e transversais.

3º Passo: Pesquisar textos e material.
A ideia para uma aula, sobretudo de língua estrangeira, poderá surgir através de
uma música ouvida no rádio, de uma frase ouvida num spot publicitário, da cena de um
filme ou de uma revista folheada ao acaso. Recomenda-se que o professor, na
medida do possível, construa o seu próprio material de pesquisa, com recortes de jornais
e revistas, livros, vídeos e outros.


4º Passo: Criar uma estratégia que conduza ao objetivo definido.
A definição da estratégia está relacionada com a idade e com o desenvolvimento
psicossocial dos alunos. Há que se ter em conta a maneira como os alunos poderão
interpretar o tema, o modo como o tema os poderá afetar e o tipo de actividade que
lhes poderá interessar.

- Motivação
Toda as actividades precisam de uma motivação. Motivar é criar interesse pelo
tema e vontade de saber mais sobre ele. É necessário que haja motivação desde o início
até ao fim da aula. Quando nos apercebemos que o ritmo da aula já se alterou e que o
interesse dos  alunos pela mesma desvaneceu-se, urge encontrar nova
motivação que os incentive a ter novo interesse pela aula e gosto pela matéria
leccionada.
A motivação pode estar ligada à percepção da utilidade do assunto, à
possibilidade de aplicação prática na vida, ao reconhecimento dos resultados e ao
interesse real e envolvimento emocional do professor estagiário. O reforço positivo de
comportamentos dos alunos é, também, altamente motivador.


- Desenvolvimento
Através de uma dinâmica de grupo, entre outras hipóteses, estabelecer um diálogo e
discutir sobre as questões relacionadas com o texto.


- Atividades Finais
Propor, entre outras hipóteses, uma atividade recreativa, de preferência
interativa, como a criação de frases, textos, exercícios de compreensão onde os alunos
possam, de alguma forma, aplicar os seus conhecimentos, recapitular os conteúdos
trabalhados e, finalmente, sintetizar o que foi concluído em relação à matéria.

5º Passo: Avaliar resultados
É fundamental que o professor, após uma aula, avalie o seu próprio
desempenho, tendo em conta os seguintes aspectos: Criatividade, intuição, motivação,
interesse, clarividência, confiança, segurança ou, por outro lado, confusão, insegurança,
desmotivação, desinteresse, rigidez etc.

No âmbito desta auto–avaliação, o professor  deve ainda perguntar-se se soube
explorar pontos interessantes e relevantes para a discussão levada a cabo em aula; Se a
aula perdeu ritmo e se tornou monótona por alguma razão e o que deveria ter feito para
que tal não acontecesse; Se houve momentos em que se afastou demasiado do seu
objetivo e se, em função disso, a aula foi prejudicada.
O professor  deve planejar as suas aulas tendo em conta esta avaliação.



Fontes:
Professora Maiza Margraf
Professora de Didática na Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná. Pedagoga e Mestre em Educação (UEPG). Doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. 

Plano de Aula sobre a Primavera para a alfabetização ou 1° ano

Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
- Ouvir e conversar sobre a história.
- Reescrever a história ouvida.
- Pesquisar e conversar sobre a metamorfose, o que é e que outros animais também passam por este processo.
Duração das atividades
2 a 3 aulas de 60 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
- Ter o domínio do código da escrita.
Estratégias e recursos da aula
- CD Mil Pássaros - Palavra Cantada, sete histórias de Ruth Rocha
- folha pautada ou caderno
- livro: A Primavera da Lagarta, Ruth Rocha
- revistas, livros e ilustrações sobre metamorfose
- vídeo da metamorfose da lagarta

Texto impresso:




Atividade 1 
Antes de iniciar a história, converse com a turma sobre a lagarta.
Quem já viu uma? Que informações têm sobre o bicho? Será que queimam?
 Pesquise e traga algumas curiosidades sobre a lagarta para a turma.
Veja se os alunos já têm o conhecimento sobre a transformação pela qual passa a lagarta até virar borboleta, processo que chamamos de metamorfose. 
Apresente ilustrações ou pequenos vídeos mostrando este processo: lagarta - casulo - borboleta.





Proponha, como tarefa de casa, uma pesquisa sobre outros animais que também passam por metamorfose.
Será interessante explorar o significado de metamorfose completa e incompleta.
No retorno da tarefa, veja o que descobriram sobre a metamorfose de outros animais.
Mais uma sugestão, seria construir com a turma, a partir dos dados da pesquisa, uma tabela contendo alguns animais e o tempo que levam do ovo à fase adulta.
Poderá trabalhar com o ciclo do sapo que também passa por metamorfose completa, do girino à fase adulta, quando então se transforma em sapo.
Será ideal expandir o trabalho com a metamorfose de outros animais depois da Atividade 3, explorando como 1ª atividade, antes da história, somente a metamorfose da lagarta.



Atividade 2
Poderá ler o livro A Primavera da Lagarta para a turma, mostrando as ilustrações a cada página, ou trabalhar somente com o CD Mil pássaros que conta a história.

Depois de ouvirem a história, realize com o grupo uma retomada dos acontecimentos. De que fala a história? Como tudo começou? O que aconteceu depois?


Faça perguntas que conduzam à interpretação da história:
Quem convocou uma reunião na floresta? Por que os bichos se reuniram?
Trabalhe a memória dos alunos em relação à opinião dos bichos sobre a lagarta.
Por exemplo: O que pensava a joaninha? E a lagartixa? O que dizia o gafanhoto? E a libélula?
No final, o que os bichos descobriram sobre a lagarta?
 Explore o título. Por que a autora deu este nome para história? O que quis dizer com a Primavera da Lagarta?
Aproveite a história para conversar com a turma  sobre a atitude dos bichos em relação à lagarta.
O que acharam? Os bichos estavam certos em perseguir a lagarta? Os motivos que tinham eram suficientes para condená-la?
Se considerar pertinente, relacione a história a situações reais em que pessoas sofrem constrangimento enquanto alvo de zombarias e calúnias.


CLIQUE AQUI PARA VER SUGESTÕES DE ATIVIDADES
PARA O LIVRO

Atividade 3 
Coloque mais uma  vez o CD Mil pássaros com a história da Primavera da Lagarta.
Então proponha aos alunos a reescrita da história que ouviram. Use folha pautada ou caderno.



Apresente o começo da história para copiarem:
" Grande comício na floresta! Bem no meio da clareira, debaixo da bananeira!
  Dona Formiga convocou a reunião. . ."
Para facilitar a construção do texto, produza um roteiro dos acontecimentos da história com a turma.
Realize o levantamento dos personagens, registrando no quadro a fala dos bichos sobre a lagarta, na ordem em que aparecem na história.
Trabalhe a ideia de usar o narrador no texto e enriquecer a história, usando detalhes que foram contados.
Sugestão de roteiro:
Formiga - "É um desaforo!"
Camaleão - vivia mudando de opinião
Joaninha - "Qual é o desaforo, hein?"
Louva-a-deus - "Come tudo o que é folha!"
Lagartixa - não concordava
Formiga -". . . é uma grande preguiçosa . . ."
Camaleão -  " . . . é parente da Lagarta . . ."
Lagartixa - "coincidência de nome"
Gafanhoto - "Abaixo a lagarta!"
Libélula - "Ela é muito feia!"
Caracol - faz discurso
Aranha - "Abaixo a feiúra!"
Louva-a-deus - " Morrra a comilona!"
Cigarra - " Vamos acabar com a preguiçosa!"
- Todos os bichos vão atrás dela, cantando e marchando.
- chegada da primavera e com ela flores, passarinhos, borboletas . . .
- bichos perguntam sobre a lagarta
- aparece linda borboleta e diz que era a lagarta
- bichos admirados com a beleza da borboleta
- borboleta explica a transformação
- irmã se transformando agora
- grande espanto dos bichos
                                             FIM


Ao final da atividade, proponha uma apresentação das reescritas com a leitura oral feita pelos alunos que desejarem fazê-la para a turma.



 Atividades Complementares:
Outras sugestões de trabalho a partir da história:
- Explorar a parlenda: Um, dois, feijão com arroz . . . Três, quatro, feijão no prato . . .
 O que é uma parlenda? Que outras parlendas conhecem?
- A história fala da Primavera. Identificar as estações do ano e suas características.
Reconhecer diferença entre a época das estações nos países.
 Por exemplo, enquanto no fim do ano aqui no Brasil é Verão, nos Estados Unidos e em outros países da Europa é Inverno.


Recursos Complementares
- Consulte sobre metamorfose da lagarta em:
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=991&sid=2 
- Pesquise no Google vídeo metamorfose da lagarta, pág. 2 e assista à reportagem do Fantástico exibida em 18/03/2007 sob o título: O espetáculo da transformação das borboletas.
- Veja mais informações sobre metamorfose em: 
http://www.todabiologia.com/zoologia/metamorfose.htm 
- Outra história da Literatura Infantil que fala da metamorfose da lagarta: Dona Marta Lagarta de Thelma Bellotti e Lia D. J. Grosso, Ed. Expressão e Cultura, RJ.
- Outros títulos de Ruth Rocha no CD Mil pássaros: Romeu e Julieta ( história de duas borboletas) e Bom Dia Todas as Cores ( história do camaleão que vivia mudando de opinião).
Avaliação
Na Atividade 1, observe o interesse sobre o tema, a participação dos alunos na conversa sobre a lagarta e as contribuições que fazem sobre o assunto.
Na Atividade 2, a escuta que realizam da história e as respostas que dão sobre a interpretação.
Conversando com a turma sobre a atitude dos bichos em relação à lagarta, acompanhe como expressam sua opinião e se são capazes de ouvir a dos colegas.
Na Atividade 3, avalie como produziram os textos, reescrevendo a história ouvida.
Verifique se conseguiram enriquecer o roteiro, acrescentando as falas do narrador e mais informações sobre o desenrolar da história.

Autor: Ana Letícia Lima Guedes
RIO DE JANEIRO - RJ COL DE APLIC DA UNIV FED DO RIO DE JANEIRO
 
Lucia Fernanda da Silva, Miriam Abduche Kaiuca

Primavera: Atividades para trabalhar o livro A primavera da lagarta para imprimir!

Para quem está começando a pensar no Projeto Primavera, as atividades abaixo irão auxiliar muito!

As atividades foram desenvolvidas pela coordenadora pedagógica da Escola Municipal Delcídio do Amaral e Extensão do município de Corumbá/MS, Maísa dos Santos Sigarini de Moraes, do Blog Encanto da Possibilidade licarini.blogspot.com.br.

Agradecemos a autora por permitir a publicação das atividades aqui no Espaço Educar!






























































Créditos:
As atividades foram desenvolvidas pela Coordenadora Pedagógica Maísa
http://licarini.blogspot.com.br/


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