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Poesia para minha mãe, de Elizabeth Cavalcante

Poesia para Mamãe 
De: Elizabeth Cavalcante




Escrevi esta poesia para minha santa mãe, Dona Terezinha Freitas. E ela chorou enquanto minha irmã fazia a leitura. Choraram as duas, chorei eu enquanto escrevia. Falar de mãe é assim. 


Mamãe fazia mágicas tão gostosas de se ver.
E eu quieta, observava
Sem ela perceber.

As mágicas eram tão belas.
Todas vindas das mãos dela.

As mãos de minha mãe
Qual varinha de condão
Iam desenhando no mundo
De um modo encantador
E enquanto trabalhavam
Eram música, eram amor.

De suas panelas mágicas
Todos os dias saía
O alimento essencial.
E nunca compreendi
Que por este mundo afora
Ninguém fizesse igual!

Porque ela, feito estrela
Misturava seus temperos
E no palco daquela cozinha
Era minha mãe a rainha.

Eu, pequenina, a crescer
Em silêncio, sem dizer
Fui aprendendo a amar
Tudo aquilo que eu via
Tudo o que ela fazia
Ainda que sem encontrar modo
De poder um dia explicar.

Nosso lar sempre arrumado
No vaivém de sua voz
Rapidez de suas mãos.
Das panelas que regia
Delicioso perfume
E sabor de encantar
Ninguém por toda esta Terra
Conseguiu minha mãe copiar.

Meu respeito, todo dela.
E miúda, assistia.
Como sempre com tão pouco
Minha mãe tanto fazia?

O sustento, sempre a postos
Sem tempo para descanso
Mãe era feito fada
De um jeito bravo  e manso.

Nossa casa, que luzia,
Panelas de onde brotavam
Alimentos e amor
Ela pensava fazer como deveria
Pensava cumprir seu papel
Mas eu sabia,  ia sempre além
Era enviada dos céus.

Ensinou-nos a orar
E para o bem nos formou
Foi nossa maior escola
Quando a Escola nos alcançou.

Parecia que a ela muita coisa não sabia
Era simples e humilde
A mamãe de cada dia.
Mas meus olhos acompanhavam
Seu bailar tão sem igual
Minha mãe eternizou-se
Em cada pequenino gesto
De seu descomunal,  imenso ser
A mãe da gente é assim, inexplicável
É como isso deve ser.

E mamãe, sempre ocupada
Precisava tanto fazer
Que eu, tão lenta, não conseguia
Acompanhar ou entender.

Era por isto, então,
Toda a minha admiração.
Numa casa,  tantos filhos
Numa vida com tão pouco
Mas mamãe era tão fada
Que o que nos fazia ver
Era sempre abundância, alegria e bem viver

E assim cuidou de nós
Com extrema maestria.
A mamãe que Deus nos deu
Nunca nos deixou ver
Que tínhamos pouco na vida
Porque ela nos preencheu
Com tudo o que não tem preço.
E hoje, mamãe, agradeço
Teu cuidado, teu carinho
Você fez daquela casa um ninho
Do qual lembro-me com afeto.

Vestidinhos por você costurados
Sapatinhos simples enfeitados
Bolos, risos e música.
Fez toalhas alvejadas
Nos deu tudo em meio ao nada.

Mamãe, você foi a grande âncora
Que segurou o nosso barco.
E sobre ele,  mão sublime e forte
Em nossa vida, você foi marco
Na trajetória de todos nós
Mãe querida, inesquecível
Nunca nos deixaste sós.


Em cada ensinamento
Em cada pequeno mimo
Na boneca comprada a tanto custo
E deixada à cabeceira
Era o que nos podias dar.
Foi minha primeira boneca.
Eu olhei nos teus olhinhos.
Mamãe, eu te vi chorar.

E quantas vezes de joelhos
Eu a vi pedir por nós!
Nossa vida e saúde
As maiores preocupações.
Tua vida destilada em favor do nosso ser.
Nunca vi, mãe querida, um sonho próprio realizar.
Eras toda para nós, nossa vida era a tua.
E isto eu bem sabia.
E meu coração pedia
Sempre e sempre incansável.
Que Deus do alto me ouvisse
E tivesse muito cuidado
Com a mãezinha, com a minha santa mãe.
Porque ela, nesta Terra
Foi, é, será sempre estrela
Que iluminou meus passos
E até sua mão segurando a minha
Ficou impressa em mim.

Mãe, eu te amo é bem assim.
Desse modo de amar e não poder dizer.
E não dizer com medo, mãe,
Que neste dizer eu perca
O que precisava explicar.
Porque você, mãe, não cabe.
Fique aqui dentro do peito
Desse jeito
É desse jeito
Que sempre hei de lembrar.
Da santa mãe que Deus me deu
Para na Terra me abraçar.

E todos os teus filhos
Fruto do teu ser
Agradecem, sabendo
Não poder agradecer.

Você é, mãe, você foi
E pra sempre há de ser
Fato inexplicado
A mãe que sonhamos em ter!


Para mamãe Terezinha

Elizabeth  Cavalcante

Importante:  Ao copiar e divulgar esta poesia, por favor nunca retire a autoria, os devidos créditos. Esta poesia encontra-se registrada e possui direitos autorais. Obrigada!






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Um comentário:

  1. Você é demais!!!! Poesia linda e bem parecida com a minha mãe. PARABÉNS!!! Abraços

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